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Conscientização a respeito da sexualidade entre os idosos
Última alteração: 2016-07-08
Resumo
Introdução: Diversos mitos e atitudes sociais são atribuídos ás pessoas com idade avançada, principalmente os relacionados à sexualidade, dificultando a manifestação desta área em suas vidas. A falta de informações sobre o processo de envelhecimento, assim como as mudanças da sexualidade na velhice, tem contribuído para manutenção de preconceitos e, consequentemente trouxeram estagnações das atividades sexuais. Objetivos: Conscientizar idosos sobre questões relacionadas à sexualidade na terceira idade, como sua definição, importância, dúvidas e perigos. Métodos: O projeto inicial foi elaborado durante o ano de 2014 e alterado para a realização no ano de 2015. Consistiu-se em um estudo de intervenção no qual foram avaliadas inúmeras questões sociais e de hábitos sexuais de 73 idosos que participam do Clube do Idoso de Sorocaba. Uma roda de conversa com 11 dos 73 idosos foi realizada com o intuito de discutir os principais pontos sobre a sexualidade na terceira idade e, após a intervenção, os participantes foram perguntados sobre as mudanças que a discussão causou em suas vidas. As respostas foram catalogadas e analisadas descritivamente. Resultados: A idade média da população foi de 66,93 anos (72,6 % homens e 27,4% mulheres). 50,7% declarou ter relações sexuais e 64,3% declarou que pensa em sexo pelo menos uma vez por mês. 67,1% não conversa com seu médico sobre sua sexualidade. Dentre os motivos citados para não conversar, os mais mencionados foram: Acho que o médico não tem nada a ver com isso (24,7%); Ele não dá abertura (20,5%); e tenho vergonha (13,7%). Após a roda de conversa sobre sexualidade, a grande maioria relatou que a intervenção os ajudou a entender melhor sua sexualidade, com 90,9% relatando que a roda de conversa os auxiliaram a sentir melhor com as angústias/frustações sexuais. Conclusões: Contrariando nossas expectativas, uma grande parcela dos idosos ainda tem relações sexuais com uma frequência relativamente alta. Apesar disso, grande parte deles ainda não conversa com seus médicos sobre sua sexualidade, evidenciando uma possível dificuldade na relação médico-paciente com assuntos considerados íntimos. Nossa intervenção se mostrou eficaz, e mais abordagens nesse sentido são necessárias para impactar positivamente a qualidade de vida dos idosos.
Palavras-chave
sexualidade; serviços de saúde para idosos; doenças sexualmente transmissíveis